Morte e suicídio na biopolítica

Autores

  • Flávia Andrade Almeida Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Resumo

Por que o suicídio é tratado primordialmente como assunto das áreas da saúde que tendem a descrevê-lo frequentemente como “tabu”? Para pensar essa problemática sob a perspectiva dos escritos de Foucault foi necessário abordar o tema em seu a partir do caminho que Foucault apresenta, investigando as modificações no estatuto político de vida e morte na biopolítica. Realizamos um estudo sobre ato e do discurso sobre suicídio uma vez que ato e discurso estão contundentemente imbricados. Foi possível verificar que o estatuto político do suicídio se modificou sobretudo a partir da alteração do estatuto político da vida no desenvolvimento das tecnologias da biopolítica que têm como preocupação central a manutenção da vida e o imperativo da saúde. Verificamos que, assim como a morte, o suicídio passa a ser escondido, interditado, numa realidade de poder político que investe e medicaliza a vida, ao passo que desqualifica a morte. O suicídio, assim como vida e morte, passa a ser tratado predominantemente pelos saberes da saúde o que circunscreve esse discurso a esses campos.


 

 

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Biografia do Autor

Flávia Andrade Almeida, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Psicóloga Clínica e Hospitalar. Especialista em Psicologia da Saúde, Psico-oncologia e Prevenção do Suicídio. Mestranda em Filosofia na PUC-SP.

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Publicado

2020-07-09