O sujeito moral entre passividade e atividade: Husserl, Levinas e a afecção pelo valor

Autores

  • Marcelo Fabri Universidade Federal de Santa Maria

Resumo

O artigo visa mostrar a relação entre passividade e atividade na constituição do sujeito moral em Husserl e Levinas, tomando como fio condutor o tema da afecção pelo valor. No caso de Husserl, a passividade originária é o fundo obscuro sobre o qual se constitui o ego ativo, aquele que realizará responsavelmente os atos de valoração. No caso de Levinas, o fundo passivo da ipseidade é descrito como significação ética irredutível, fazendo do sujeito um eu no acusativo, vale dizer, um eu que se descobriu como responsável pelo outro e, deste modo, que pode realizar o paradoxo de um agir passivo.

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Biografia do Autor

Marcelo Fabri, Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Filosofia

Referências

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Publicado

2015-01-25

Edição

Seção

Artigos